Atual presidente voluntária fala sobre desvios milionários na Apae de Bauru: 'Fomos vítimas de um grupo criminoso'
Maria Amélia Moura Pini Ferro também fez um alerta quanto à diminuição das doações à instituição após o início das investigações. Esquema foi desc...
Maria Amélia Moura Pini Ferro também fez um alerta quanto à diminuição das doações à instituição após o início das investigações. Esquema foi descoberto depois do desaparecimento e suposto assassinato de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da entidade. Desvios milionários na Apae de Bauru: atual presidente fala sobre investigações A atual presidente voluntária da Apae de Bauru (SP), Maria Amélia Moura Pini Ferro, que assumiu a liderança da instituição após a prisão de Roberto Franceschetti Filho, em 15 de agosto, ressaltou que a Apae foi a principal vítima de um esquema criminoso que pode ter desviado milhões de reais dos cofres da entidade. 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp Em entrevista à TV TEM, Maria Amélia destacou a importância dos serviços essenciais prestados pela Apae, que atende quase 3 mil pessoas, oferecendo apoio psicológico, pedagógico, fonoaudiológico e serviços de saúde, como fisioterapia e reabilitação. Além disso, a Apae mantém casas inclusivas para pessoas com deficiência que foram retiradas de suas famílias pela Justiça, com mais de 4 mil atendimentos mensais. "Sem a Apae, muitas dessas pessoas não teriam atendimento. Temos o relato de muitas mães que dizem que a Apae salvou suas vidas. Outros que têm familiares atendidos há décadas falam da importância do nosso trabalho", disse Maria Amélia. Justiça determina prisão preventiva de 9 suspeitos de envolvimento em esquema de desvio milionário na Apae de Bauru Reprodução/TV TEM Desvios milionários O esquema de desvio de recursos da Apae foi inicialmente investigado após o desaparecimento e suposto assassinato de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da entidade, em agosto de 2024. A Polícia Civil descobriu que o desaparecimento estava ligado a uma série de irregularidades financeiras envolvendo superfaturamento de contratos e pagamentos a funcionários "fantasmas". As irregularidades somavam, no mínimo, R$ 6,8 milhões. Após a prisão de Roberto Franceschetti Filho, as investigações apontaram que ele era o principal responsável pelo desvio de verbas da instituição e pelo desaparecimento de Cláudia Lobo. Presidente da Apae é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionária em Bauru Arquivo pessoal Maria Amélia contou que, além da sindicância interna instaurada pela gestão da Apae, uma auditoria externa foi contratada para analisar as finanças da entidade e identificar os desvios. Ela confirmou que outros funcionários da Apae que podem estar envolvidos no esquema foram afastados. "Nós fomos vítimas de um grupo criminoso que maquiou as informações e nos enganou. A Apae é uma instituição de 59 anos, vai fazer 60 no começo do ano, e ela foi vítima, assim como nós da diretoria, voluntários e funcionários honestos que trabalham aqui dentro", disse. Atual presidente voluntária da Apae de Bauru diz que instituição foi vítima de grupo criminoso que desviou milhões Reprodução/TV TEM Trabalhos da instituição Maria Amélia também fez um alerta sobre a diminuição das doações à instituição, uma consequência direta da crise financeira gerada pelo esquema de desvios. "As nossas doações reduziram. Eu acredito que muitas pessoas acabam confundindo a Apae com o que aconteceu", afirma. Com a contratação de uma auditoria externa, a Apae busca reverter os danos financeiros e garantir que novos desvios não ocorram. "A Apae vai continuar o seu trabalho. Precisamos da ajuda de todos para que isso seja possível. Não podemos deixar que um grupo criminoso prejudique o que é feito com tanto amor e dedicação." Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília Confira mais notícias do centro-oeste paulista: